Era uma segunda-feira. Dia de começar de novo, porque recomeçar não costuma dar muito certo.
Foi nessa segunda, pela manhã, que decidi apresentar-lhes Olivia. Não sei se a consciência do risco era plena, mas ela não me impediu de trazer Olivia ao mundo. Esse mundo que é longe de ser só meu.
Olivia gostaria se o mundo fosse só dela, às vezes. Nem sempre. Seu amor pela solidão não era tão cego.
Mas ela mora sozinha, numa casa. Nem muito grande, nem muito pequena. Tem espaço para o que se precisa. A casa tem uma energia verde - sua cor favorita - e uma potência de transformação altíssima. Olivia não é um exemplo de pessoa decidida.
Nem eu.
O muro da casa é todo coberto por trepadeiras porque elas dão um ar de casa-de-campo. E Olivia sempre quis ter uma. Mais do que a casa, ela queria era ter a calma que dá o campo.
Tinha conseguido.
E agora?
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