segunda-feira, 10 de março de 2008

sofá

Já era madrugada e eu pensei na coruja; na habilidade que as corujas têm de dormir com os olhos abertos. Eu gostaria de conseguir dormir bem mesmo vendo o tanto que acontece ao meu redor. Conseguir fechar os olhos mesmo quando estou com o olhar direcionado para a coisa. Mas o que impressiona mesmo é que isso não dói na coruja. É o dia-a-dia, noite-a-noite dela. É o meu também, mas eu desenvolvi isso como defesa. Faço esforço para conseguir isso, e nunca tenho um sono profundo. Não descanso. E estou cansada.
Se ao menos eu soubesse desviar o olhar. Acho que é isso que fazem na maioria das vezes. Não se esquece, nem se fecham os olhos. Mas outras direções são observadas, e fica mais leve viver. Por isso que o meu sono é, às vezes, tão pesado?! E me levanto pior do que quando me deitei.
Realmente eu tenho muito o que aprender. Mas eu fico com a agústia de quem quer ensinar. Se eu não fosse única nos meus pensamentos, talvez me sentisse menos sozinha. Eu acho que faço um pouquinho de sentido. Quando você quiser, eu espero estar aqui para ensinar uma pontinha minha.
É cansativo estar sempre disposta.

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